Mali desmente exações contra populações civis no norte e centro do seu território

28 Septembre 2017

BAMAKO, Mali , 28 setembro (Infosplusgabon) - O ministro maliano dos Direitos Humanos e Reforma do Estado, Kassoum Tapo, desmentiu categoricamente a Human Rigths Watch (HRW), organização internacional de defesa dos direitos humanos, de acusar as Forças Armadas Malianas de terem cometido exações contra populações no norte e centro do país.

Durante uma conferência de imprensa terça-feira à tarde em Bamako, Tapo referiu-se a um relatório divulgado recentemente pela HRW e que acusa as forças armadas malianas de « crimes extrajudiciais », de torturas, e denuncia a "existência de valas comuns em várias aldeias do norte e centro" do Mali.

O Mali responderá a estas acusações através dum relatório em curso de preparação, anunciou o governante, afirmou.

« Vamos responder ao relatório da Human Rights Watch. Não serei cúmplice de ninguém. A criação dum departamento destinado aos direitos humanos representa uma vontade política p do Presidente da República (Ibrahim Boubacar Keita)”, defendeu.

« As populações das zonas incriminadas não têm conhecimento de nada », revelou  o responsável maliano, a propósito das chamadas valas comuns, instando a organização internacional de defesa dos direitos humanos a comprovar as suas alegações.

Para verificar estas alegações, o ministro dos Direitos Humanos e Reforma do Estado, acompanhado duma forte delegação, efetuou uma missão de três dias na província de Mopti (centro).

Terça-feira última, diante da imprensa, o governante maliano fez o relatório desta missão declarando que “não houve nenhum caso de exação cometido pelas forças armadas".

Advertiu que “o Governo não tolerará ataques infundados e suscetíveis de minar o moral das forças armadas”.

Segundo ele, os autóctones das zonas visitadas precisaram não terem recebido nenhum interlocutor da Human Rights Watch, nem estarem ao corrente de casos de exação.

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