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04 Décembre 2020
Paris, França, 3 dezembro (Infosplusgabon) - A Amnistia Internacional (AI) declarou quarta-feira que, na aproximação das eleições presidenciais de abril de 2021, a multiplicação das violações da liberdade de expressão e associação atingiu uma proporção preocupante no Tchad.
Destaca-se a detenção do ativista Alain Kemba Didah, a proibição sistemática de manifestações da sociedade civil e da oposição e o ataque por elementos da Polícia contra uma rádio privada.
A multiplicação das violações da liberdade de expressão e associação atingiu uma proporção preocupante, no Tchad, desde que as autoridades organizaram, em novembro último, um fórum sobre reformas políticas e institucionais, boicotado por uma parte da oposição e da sociedade civil”, declarou a AI num comunicado de imprensa publicado no início da semana.
Alain Kemba Didah é coordenador do movimento cívico “O Tempo”, que figura entre os organizadores de um fórum alternati, de 27 a 29 de novembro último, por iniciativa de vários partidos políticos e organizações.
Foi detido no último fim de semana, nas instalações da rádio privada “FM Liberté”, em N’Djamena, e em seguida acusado de distúrbios contra a ordem pública e atos de revolta antes, de ser colocado segunda-feira última em detenção provisória, sublinhou a Organização não Governamental (ONG).
"O combate à pandemia do coronavírus (covid-19) não deve servir de pretexto para limitar abusivamente os direitos dos cidadãos ao proibir sistematicamente manifestações da sociedade civil e dos partidos da oposição.
"As autoridades devem abandonar todas as acusações proferidas contra Alain Kemba Didah, bem como as duas outras pessoas detidas nas mesmas circunstâncias e libertá-los imediatamente”, defendeu a AI.
Para denunciar as violações da liberdade da imprensa e protestar contra o ataque da rádio FM Liberté, a pedido da União das Rádios Privadas do Tchad, foi organizada uma “jornada sem rádio”, terça-feira, 1 de dezembro, dia da Festa da Liberdade e Democracia que celebra a tomada do poder pelo Presidente Idriss Déby.
Estas novas violações da liberdade de expressão e da liberdade de reunião pacífica, acrescentou a organização internacional, surgem apenas algumas semanas após o cerco de sedes de partidos políticos e movimentos da sociedade civil por elementos das forças de ordem.
FIN/INFOSPLUSGABON/ASQ/GABON2020
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