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17 Mai 2019
Nova Iorque, Estados Unidos, 17 maio (Infosplusgabon) – O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, saudou os progressos feitos até agora, entre os militares e a oposição, no Sudão, para adotar um calendário para o regresso a um regime civil, após a destituição do Presidente Omar al-Bashir, há dois meses.
Na terça-feira, o Conselho Militar de Transição e as Forças da Declaração da Liberdade e Mudança anunciaram terem chegado a um entendimento sobre um período de transição de três anos.
Mas no dia seguinte, os militares teriam anunciado que as negociações foram suspensas, durante três dias, exigindo que os manifestantes retirassem os bloqueios rodoviários de uma zona designada da capital, Cartum.
Segundo a imprensa, manifestantes foram abatidos quando soldados tentavam remover as barricadas, na sequência de confrontos similares que fizeram pelo menos seis mortos, segunda-feira última.
Numa declaração publicada pelo seu porta-voz, Guterres exortou os negociadores das duas partes "a manter a dinâmica positiva e a chegar a um acordo sobre os pormenores restantes”.
"O Secretário-Geral está determinado a continuar a trabalhar com a União Africana (UA), para o apoio deste processo”, prossegue a declaração, indicando que a ONU "está pronta para apoiar as partes sudanesas nos seus esforços para instaurar uma paz duradoura e viável”.
O responsável da ONU sublinhou a importância de defender os direitos humanos de todos os cidadãos e de continuar a priorizar o diálogo enquanto meio para resolver os diferendos pendentes.
Ele também sublinhou "a necessidade de evitar qualquer forma de violência que poderá comprometer a segurança dos cidadãos bem como a estabilidade do país”.
As manifestações no Sudão contra o aumento dos preços dos combustíveis e dos produtos alimentares, incluindo o pão, iniciaram-se, em dezembro último, e atingiram o seu paroxismo, a 11 de abril último, quando os chefes militares anunciaram a destituição do Presidente al-Bachir.
As manifestações em massa continuaram diante do Quartel-General das Forças Armadas, na capital, exigindo o regresso ao poder civil.
FIN/INFOSPLUSGABON/MMM/GABON2019
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