Presidente moçambicano desafia agricultores a aumentar produção

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Maputo, Moçambique, 26 Outubro (Infosplusgabon) - O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, desafiou os agricultores a apostar na produção como a melhor forma de estimular o desenvolvimento económico de Moçambique e contribuir para a redução do custo de vida, através do aumento da oferta de alimentos nos mercados doméstico, regional e internacional.

 

 

Nyusi lançou o repto durante o lançamento oficial quarta-feira da Campanha Agrícola 2017/18, um ato que teve lugar no distrito da Moamba, na província meridional de Maputo.

 

Também manifestou a sua satisfação com os excelentes resultados alcançados na última campanha agrícola, que incentivam todos os intervenientes a um maior esforço no sentido de produzir mais de modo a satisfazer a demanda de alimentos de uma população em franco crescimento.

 

Estimativas iniciais apontam para um crescimento global de 8,5 porcento comparativamente à campanha anterior.

 

Segundo o chefe de Estado, o crescimento da produção verificada na campanha passada coloca aos Moçambicanos o desafio de trabalharem continuamente para alcançar uma maior competitividade produtiva.

 

“Não pretendemos aqui competir com o passado. Apenas queremos competir connosco próprios e com aquilo que fizemos no ano passado. Queremos comparar e competir com aquilo que queremos fazer neste ano”, explicou.

 

Referiu que o aumento da produção global registada na campanha anterior atesta a convicção de que o Governo tomou as decisões mais acertadas.

 

Explicou que este crescimento foi impulsionado fortemente pelos cereais, “cuja produção passou de 2,4 milhões de toneladas para mais de três milhões na presente campanha”.

 

As hortícolas também registaram um desempenho positivo ao passarem de 1,9 milhão de toneladas para 2,2 milhões de toneladas na presente campanha.

 

“É um crescimento real. É um número real e não é fantasia”, vincou.

 

Para o caso das leguminosas, raízes e tubérculos, Nyusi desafiou os agricultores para atingirem um crescimento de 12 por cento, comparativamente às 13 milhões de toneladas da época anterior.

 

No caso de carne bovina, deseja ver 17 mil e 38 toneladas contra 15 mil e 500 toneladas da campanha anterior.

 

Com relação à carne de frango, o Governo pretende atingir 94 mil 861 toneladas, não obstante este número continuar ainda aquém das necessidades do consumo dos Moçambicanos.

 

Nyusi entende que não vai ser tarefa fácil impulsionar o crescimento da produção agrícola em Moçambique, enquanto não forem tomadas medidas mais adequadas para o efeito.

 

Por isso, encorajou ao Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar a prosseguir com a promoção da agricultura e pecuária, aprimorando os métodos científicos de produção.

 

Para o efeito, a investigação agrária deverá assumir um papel preponderante de modo a gerar tecnologias capazes de responder, simultaneamente, à necessidade de aumentar a produção de alimentos em quantidade e em qualidade.

 

“A investigação agrária deverá também garantir que o país esteja devidamente preparado para enfrentar as futuras carências decorrentes das mudanças climáticas. Por outro lado, os serviços de extensão agrária devem ser cada vez mais acutilantes, disseminado as novas tecnologias e garantindo que os produtores aumentem a produtividade, fazendo-os passar de produtores de subsistência a produtores orientados para o mercado”, disse Nyusi.

 

Nyusi também recomendou ao Governo para atender com maior atenção a disponibilização atempada dos principais insumos agrícolas tais como sementes melhoradas, fertilizantes e agroquímicos e maquinaria agrícola.

 

Outras recomendações incluem o aumento do acesso ao mercado de produtos agrícolas, bem como a facilitação do acesso ao mercado interno, regional e internacional.

 

O reforço ao comércio transfronteiriço e do comércio global, a partilha de informações sobre boas práticas, a remoção de barreiras tarifárias e não-tarifárias, a criação de infraestruturas de apoio mediante a construção e reabilitação de redes de infraestruturas de transporte e comunicações rurais e regionais são outros desafios arrolados pelo estadista moçambicano.

 

 

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